terça-feira, 9 de agosto de 2016
segunda-feira, 8 de agosto de 2016
José Roberto Torero, visitou uma escola pública para mostrar seu trabalho referente ao livro Terra Papagalli. O comentário da aluna que me chamou muito atenção "Uma mistura de realidade com fantasia, alegria com tristezas. Um livro que te faz sentir várias sensações durante a leitura, esse é o Terra Papagalli. Um livro que merece ser lido por muitos." E podemos ver que esse livro atingiu todas as idade, pois os adolescentes, jovens, adultos e velhos, gostaram da obra.
Continuação Análise Crítica
O
interessante dessa descrição da figura do humano é seu parentesco com a ideia
teológica de Deus. Ideia essa que, se aparentemente saiu de cena a partir da
modernidade, continuou, sub-repticiamente, a ditar o horizonte da normatividade
humana: a autonomia indica a capacidade de se determinar plenamente, para além
de qualquer jogo de forças exteriores, em outras palavras, ser causa de si
mesmo; autenticidade conjuga a qualidade tomistaaristotélica fundamental de
Deus, a saber, a não distância entre ato e potência do ser infinitamente
perfeito (sua onipotência e onisciência); por fim a identidade garante que o
ser seja absolutamente idêntico a si mesmo na multiplicidade do contingente
(transcendência em relação ao mundo). Quando visto por esse ângulo, podemos
suspeitar se o humanismo de forma astuta, ou inconsciente, não busca perpetuar
um certo projeto teológico-político tão bem conhecido, desde sempre, pela nossa
história ocidental. Nesse sentido, a crítica do humanismo pode ser compreendida
por dois ângulos: primeiro, como uma crítica a um projeto normativo que retira
suas categorias de um desgastado e descontextualizado plano teológico; em
segundo lugar, como a desconstrução de uma estrutura que acabou por bloquear o
projeto moderno, momento histórico marcado, em sua não concretização, por uma
mistificação do esclarecimento e do ideal normativo de emancipação.
Análise Crítica - Segunda Parte
Exatamente dessas capacidades ditas de se autodeterminar e
deliberar é que deriva a noção de responsabilidade pelos próprios atos e
explica porque, até hoje, loucos e crianças – figuras que simbolizam o não
desenvolvimento de tal aptidão psicológica – não são juridicamente imputáveis.
Podemos dizer, então, que a autonomia visa colocar como atributo central do
humano aquele que era o atributo divino por excelência, a saber, o de ser causa
sui. Isso faz com que no campo da autodeterminação o homem sempre deva agir de
forma a ignorar o campo externo da contingência, o campo dos afetos e da
imaginação, frutos do desejo e da ação do mundo empírico sobre os sentidos. Em
última análise, a autonomia cinde o homem e instaura um regime judicial em seu
interior, tribunal esse da razão prática pura em que o homem sempre age segundo
o dever. A consequência imediata é que autonomia se vincula de forma quase que
inseparável à ideia de liberdade e, o mais surpreendente, a coloca exatamente
em um horizonte normativo a priori, infinitamente distante das paixões, do
desejo, do mundo e das condições empíricas. O segundo aspecto da figura da
humanidade do homem é um conceito que deriva da estética e aqui chamamos de
autenticidade. Ela está intimamente ligada à noção de expressão autêntica de
determinada individualidade em diferentes campos da existência, como no
trabalho, na linguagem, na vida afetiva, etc. O homem que não cria para si o
próprio estilo de expressão no mundo padece de uma vida inautêntica, alienada,
completamente determinada exteriormente. O que está em jogo nesse caso é a
incapacidade de viver uma vida singularmente realizada, uma prisão de conduta
estereotipada. Dessa forma, uma individualidade bem constituída deve ser capaz
de ser reconhecida dentro das relações intersubjetivas de uma sociedade,
expressando de forma plena, através do próprio estilo, sua autenticidade e
valor frente aos outros, não conhecendo distância entre as potencialidades de
sua individualidade e a plena atualização objetiva destas. Por fim, temos na
ideia de unidade um conceito que tem por função agir como princípio que
assegure a síntese de toda a representação. Essa unidade da apercepção garante
não apenas que eu me reconheça de forma reflexiva como senhor de toda minha
vida mental, como também está na base da coerência de uma personalidade
unificada, capaz de compreender-se como um eu sempre presente no desdobrar
temporal, momento a momento. Apenas para ficarmos em um apontamento, podemos
ver como essa qualidade tida como essencial do humano regula instâncias
fundamentais para a vida do homem, quando pensamos, por exemplo, no campo da
normatividade psicológica, vide os diversos distúrbios capazes de quebrar tal
unidade: processos patológicos que alienam o eu de si mesmo, tornandoo não mais
capaz de se autoreconhecer.
Análise Crítica - Primeira Parte
O Livro Terra Papagalli é
também uma crítica à forma de se
viver no Brasil de hoje, assim como,
enfatizando os “10 mandamentos para o bem
viver na Terra dos Papagaios", também é
escrito em linguagem do século XVI
com tom jocoso, onde os autores mesclaram
formatos literários da época, como diários
de navegação e dicionários.. Um dos pontos mais
singulares e seminais da experiência intelectual de Michel Foucault é sua
crítica desenvolvida à figura do homem. Há praticamente quarenta e cinco anos,
dizia o pensador francês que “o homem é uma invenção cuja arqueologia do nosso
pensamento mostra facilmente a data recente. E talvez o fim próximo pode-se
apostar que o homem se dissolverá como um rosto de areia na borda do mar” . É
certo também que essa crítica ao humanismo apareça, com as mais diversas formas
e nuances, em toda uma tradição do pensamento francês contemporâneo (Deleuze,
Derrida) e mesmo na primeira geração dos ditos frankfurtianos (principalmente
em Horkheimer e Adorno). O ponto que gostaríamos de retomar é exatamente a
peculiaridade da crítica foucaultiana ao humanismo, lendo sua análise como
movimento fundamental e necessário para uma crítica sistemática à razão
moderna. Para tanto, é necessário que abordemos tal projeto a partir das
diferentes formas que ela ganha na obra foucaultiana. Privilegiaremos dois
momentos de seu percurso crítico: sua arqueologia do saber, com o diagnóstico
da confusão entre o empírico e transcendental articulado a partir da filosofia
kantiana, e a crítica do esgotamento da filosofia da consciência como
fundamento dos saberes; sua análise genealógica dos dispositivos disciplinares
e de governo (liberalismo). Com isso, buscamos demonstrar todo potencial
crítico de sua recusa ao humanismo, recusa que visa abrir novas frestas e
caminhos para que, liberados da imagem do homem e do horizonte normativo
imposto por essa imagem, possamos articular pensamento e ação de uma nova
forma. Autonomia, autenticidade e unidade Antes, porém, de partirmos para a
análise da crítica ao humanismo em Foucault, é necessário que refaçamos a
figura desse homem que agoniza no horizonte de nosso tempo. De forma
esquemática, podemos definir o conceito de humano, tal como postulado pela
modernidade, a partir de três categorias centrais: autonomia, autenticidade e
unidade. A autonomia traz em seu bojo uma convergência de conceitos herdados
tanto da tradição protestante quanto de sua sistematização através dos esforços
da filosofia moral. Ela está vinculada diretamente à ideia de que os sujeitos
são capazes de se autodeterminarem a partir de sua própria vontade, colocando
para si mesmos a sua própria Lei. A figura de uma lei posta através de uma
vontade que ignora tudo que lhe é externo e, por isso, alça-se para além do
campo contingente do fenômeno, está diretamente relacionada à capacidade de
julgar meus próprios atos, ou seja, de instalar um “tribunal mental”
no campo seguro de minha interioridade, lugar esse onde tomo distância de todas
as inclinações do sensível e exerço minha autonomia.
sexta-feira, 5 de agosto de 2016
Resumo da Obra
Terra Papagalli é uma história fictícia, narrada em primeira pessoa por Cosme Fernandes, um português condenado a ser despachado no Brasil, para conhecer melhor essa nova terra e explorar sua cultura diferenciada.
Após em pequeno incidente na cozinha, Cosme Fernandes é acusado de comer uma rosquinha. Mas, antes de descobrir o motivo da acusação, admite práticas realizadas com a moça, Lianor, que jurou seu amor eterno. Com isso, acaba preso e condenado a ser despachado em novas terras. Ele, e mais alguns dos condenados, passam a se tornar amigos, e acaba a maioria deixada no Brasil, por Pedro Álvares Cabral.
Chegando lá, conhecem uma tribo de índios, e são acolhidos por eles. Passam a conviver com eles, e acabam se acostumando à sua cultura um pouco diferente. Anos se passam, e Cosme Fernandes narra todos os acontecimentos vivenciados por eles, bons e ruins.
Acostumado com a vida tranquila, com muitas mulheres para satisfazê-lo, comida de sobra, filhas adoráveis e um bom lar, o chamado Bacharel tem que sair do Paraíso para construir um novo lar, em outro lugar. Com a chegada Pero Capico, e um jovem soldado de nome Francisco Chaves, todos têm de mudar de seus respectivos lares, para novas terras.
Feito assim, o Bacharel cria um novo povoado, que dá o nome de Cananeia. Logo em seguida, seu grande azar tornou-se uma grandíssima sorte. Cosme Fernandes passa a vender os escravos que conseguia nas batalhas, alimentos e animais para navegadores de outros países. Após conseguir muito dinheiro com as vendas, o Bacharel é roubado pelo seu ‘amigo’, Lopo de Pina, que foge em uma embarcação para Portugal.
Nove meses se passaram desde a fuga de Lopo de Pina, e para sorte do Bacharel uma grande navegação desce em suas terras para comprar muitos dos seus produtos, e lhe entregar duas cartas, uma de sua filha e outra de seu genro.Na carta, Francisco de Chaves (seu genro) conta-lhe que Lopo de Pina passou a ser o conselheiro de Sua Majestade. Assim, convencer Sua Majestade de pôr ordem nos negócios do Brasil. O que foi feito. Uma poderosa armada foi mandada ao Brasil, junto a ela, Lopo de Pina.
Quando essa armada chegou nessas terras, decidiu pôr ordem em tudo. Transformando povoados em vilas, organizando do seu jeito, mudando a vida dos tupiniquins. Após passar um ano, quando estavam prestes a transformar Cananeia em uma vila, com as outras, Cosme Fernandes resolve acabar logo com tudo. Reúne soldados e arma um plano. Convida os inimigos para uma festa, mata-os e marcham até São Vicente para próxima batalha. Chegando lá, começa a luta, e Cosme Fernandes vai atrás de Lopo de Pina. Encontra-o junto a Lianor, dentro de um baú. Poupa Lianor da morte, com a condição de ser mais uma de suas esposas. Quando a batalha acaba, e a tropa do Bacharel vence, e sem outra opção, tem que se mudar para novas terras. Assim, em uma viagem de navio, todos se mudam para uma nova terra, começam uma nova vida, e Lopo de Pina acaba morto e devorado pelos famintos.
“Décimo mandamento para bem viver na terra dos papagaios: E o resumo de meu entendimento é que naquela terra de fomes tantas e lei tão pouca, quem não come é comido.”
Após em pequeno incidente na cozinha, Cosme Fernandes é acusado de comer uma rosquinha. Mas, antes de descobrir o motivo da acusação, admite práticas realizadas com a moça, Lianor, que jurou seu amor eterno. Com isso, acaba preso e condenado a ser despachado em novas terras. Ele, e mais alguns dos condenados, passam a se tornar amigos, e acaba a maioria deixada no Brasil, por Pedro Álvares Cabral.
Chegando lá, conhecem uma tribo de índios, e são acolhidos por eles. Passam a conviver com eles, e acabam se acostumando à sua cultura um pouco diferente. Anos se passam, e Cosme Fernandes narra todos os acontecimentos vivenciados por eles, bons e ruins.
Acostumado com a vida tranquila, com muitas mulheres para satisfazê-lo, comida de sobra, filhas adoráveis e um bom lar, o chamado Bacharel tem que sair do Paraíso para construir um novo lar, em outro lugar. Com a chegada Pero Capico, e um jovem soldado de nome Francisco Chaves, todos têm de mudar de seus respectivos lares, para novas terras.
Feito assim, o Bacharel cria um novo povoado, que dá o nome de Cananeia. Logo em seguida, seu grande azar tornou-se uma grandíssima sorte. Cosme Fernandes passa a vender os escravos que conseguia nas batalhas, alimentos e animais para navegadores de outros países. Após conseguir muito dinheiro com as vendas, o Bacharel é roubado pelo seu ‘amigo’, Lopo de Pina, que foge em uma embarcação para Portugal.
Nove meses se passaram desde a fuga de Lopo de Pina, e para sorte do Bacharel uma grande navegação desce em suas terras para comprar muitos dos seus produtos, e lhe entregar duas cartas, uma de sua filha e outra de seu genro.Na carta, Francisco de Chaves (seu genro) conta-lhe que Lopo de Pina passou a ser o conselheiro de Sua Majestade. Assim, convencer Sua Majestade de pôr ordem nos negócios do Brasil. O que foi feito. Uma poderosa armada foi mandada ao Brasil, junto a ela, Lopo de Pina.
Quando essa armada chegou nessas terras, decidiu pôr ordem em tudo. Transformando povoados em vilas, organizando do seu jeito, mudando a vida dos tupiniquins. Após passar um ano, quando estavam prestes a transformar Cananeia em uma vila, com as outras, Cosme Fernandes resolve acabar logo com tudo. Reúne soldados e arma um plano. Convida os inimigos para uma festa, mata-os e marcham até São Vicente para próxima batalha. Chegando lá, começa a luta, e Cosme Fernandes vai atrás de Lopo de Pina. Encontra-o junto a Lianor, dentro de um baú. Poupa Lianor da morte, com a condição de ser mais uma de suas esposas. Quando a batalha acaba, e a tropa do Bacharel vence, e sem outra opção, tem que se mudar para novas terras. Assim, em uma viagem de navio, todos se mudam para uma nova terra, começam uma nova vida, e Lopo de Pina acaba morto e devorado pelos famintos.
“Décimo mandamento para bem viver na terra dos papagaios: E o resumo de meu entendimento é que naquela terra de fomes tantas e lei tão pouca, quem não come é comido.”
quinta-feira, 4 de agosto de 2016
Vídeo que mostra mais sobre o escritor Torero
Neste vídeo é sobre o episódio de encerramento da série "Cantos Gerais" onde o escritor, roteirista e cineasta José Roberto Torero entrevista ele mesmo. Ele fala muitas coisas interessantes, sobre a vida que ele leva com muita humildade e simplicidade. Recapitulando, o que ele produziu foi muito inovador pois no programas ele entrevista objetos, " pois assim eu posso falar o que quero sem ser contestado " diz o escritor.
Biografia de Marcus Aurelius Pimenta
Marcus Aurelius Pimenta nasceu no Brás, na cidade de São Paulo em 1962. Jornalista e roteirista, escreveu peças de teatro e documentários. Como co-autor, escreveu Terra Papagalli, Os Vermes, Futebol é bom pra cachorro e as peças Omelete e Romeu e Julieta: segunda parte. Atualmente integra, também, a equipe de roteiristas do quadro Retrato Falado, do Fantástico. Marcus
Aurelius Pimenta, 48 anos, trabalhou em programas e séries das redes Globo,
Record, Futura e Discovery Kids. Tem duas peças de teatro escritas e dez livros
publicados, entre os quais “Terra Papagalli”, “Os Vermes” e “Evangelho de
Barrabás”, todos escritos em parceria com José Roberto Torero. Formou-se em jornalismo
pela Universidade Metodista, em 1984; hoje vive como escritor e roteirista e se afastou muito da mídia.
quarta-feira, 3 de agosto de 2016
Biografia de Jóse Roberto Torero Júnior
José Roberto Torero Fernandes Júnior, conhecido como Torero, é um escritor, cineasta, roteirista, jornalista e colunista de esportes brasileiro. Formado em Letras e Jornalismo pela Universidade de São Paulo, é autor de diversos livros, como "O Chalaça", vencedor do prêmio jabuti de 1995. Além disso, escreveu roteiros para cinema e tevê, como em Retrato Falado para Rede Globo do Brasil. Cursou, sem concluir, pós-graduação em Cinema e Roteiro. No Jornal da Tarde, de São Paulo, iniciou sua carreira de cronista e depois começou a escrever para revista Placar textos sobre futebol, colabora com a Folha de São Paulo desde 1998. Como roteirista nos longas A Felicidade É e Pequeno Dicionário Amoroso. É sócio proprietário da Realejo Livros, em Santos. Atualmente, Torero mantém um blog no portal UOL, o Blog do Torero. Publica também o Blog do Lelê, seu sobrinho fictício, iniciado durante a Copa do Mundo de 2006. Sua carreira de cronista começou no “Jornal da Tarde”, de São Paulo, e posteriormente passou a escrever textos sobre futebol para a revista “Placar” e o jornal “Folha de S. Paulo”. É autor do best-seller O Chalaça, Prêmio Jabuti em 1995, de Terra Papagalli, (1997), em co-autoria com seu amigo Marcus Aurelius Pimente, Santos, um time dos céus (1998) e do romance curtas-metragens — dentre os quais se destaca o premiado Amor! — e trabalhou Xadrez, truco e outras guerras (1998). Como cineasta, dirigiu e escreveu como roteirista nos longas A Felicidade é e Pequeno Dicionário Amoroso. Tem se céu (2005); Pequeno rei e o parque real (2007). É sócio proprietário da Realejo destacado também na literatura infanto-juvenil com os livros: Naná descobre o Livros, em Santos (SP). Torero mantém um blog no portal UOL, o Blog do Torero. Publica também o Blog do Lelê, seu sobrinho fictício, iniciado durante a Copa do Mundo de 2006. Hoje com 52 anos exerce o papel em todas as suas profissões diferente de Marcus tem aparecido muito na mídia.
Vídeo de curiosidades sobre o Livro
Esse vídeo demonstra o enrendo do livro Terra Papagalli, conta suas histórias e suas referencias, e uma das enormes característica que pelo fato de ser escrito no século XXI, é um livro que aborda o padrão dos escritos de " literatura de informação ", uma literatura composta no Brasil entre 1500 e 1600, que tratavam sobre as pessoas locais, sobre os costumes dos índios, sobre a natureza e etc...
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